quarta-feira, 9 de março de 2011

OBRA MÃOS TAGARELAS, BOCAS SORRIDENTES MONTAGEM DE UM JORNAL SOBRE A COMUNIDADE SURDA

COMUNIDADE SURDA BUSCA SEU ESPAÇO NA SOCIEDADE BRASILEIRA



Diferentemente de algumas décadas atrás onde as crianças que nasciam surdas eram rejeitadas pela própria família e pela comunidade que excluía os portadores e os consideravam incapazes de ler, aprender, desenvolver suas habilidades e manter relações pessoais na sociedade em que estão inseridos, atualmente a comunidade surda é reconhecida e esta conquistando seus direitos como cidadão.

Sabe-se que os profissionais em qualquer área, famílias, amigos e outros interessados podem incluir-se nesta comunidade. Participar dessa comunidade não é só ter direito à acessibilidade, mas verdadeiramente ser contribuintes neste universo que é atribuído aos surdos.
A luta pela igualdade vem sendo foco para diversas discussões, no entanto para começamos a explicar qual a importância da língua de sinais para a comunidade surda refletiu-se sobre a educação dos surdos.

Os surdos não podem lutar só, mas agregando-se a todos, alcançaram resultados espetaculares. O uso da língua de sinais para os surdos é primordial, é através dela que poderá alcançar o pleno desenvolvimento mental, social e individual.

Algumas pessoas por desinformação pensam que a língua de sinais é composta por gestos ou mímica que tem como finalidade a interpretação da língua oral. Porém os pesquisadores lingüistas atribuíram a Libras o status de língua por entenderem que esta apresenta características semelhantes às outras línguas, como as diferenças regionais, sócio-culturais e sua própria estrutura gramatical bem elaborada.

Ao longo dos anos, as pesquisas interdisciplinares sobre surdez e sobre as línguas de sinais, realizadas no Brasil e em outros países, tem contribuído para a modificação gradual da visão dos surdos, compartilhada pela sociedade ouvinte em geral.

Esses estudos têm classificado os surdos em duas categorias:
Os portadores de surdez patológica, normalmente adquirida em idade adulta;
E aqueles cuja surdez é um traço fisiológico distintivo é totalmente ruim, a pessoa é inferior as pessoas normais, sendo assim, uma pessoa ninguém, não implicando, necessariamente, em deficiência neurológica ou mental; antes, caracterizando-os como integrantes de minorias linguistico culturais; este é o caso da maioria dos surdos congênitos.

Por anos, muitos têm avaliado mal o conhecimento pessoal dos surdos. Alguns acham que os surdos não sabem praticamente nada, porque não ouvem nada. Há pais que super protegem seus filhos surdos ou temem integrá-los no mundo dos ouvintes. Outros encaram a língua de sinais como primitiva, ou inferior, à língua falada. Não é de admirar que, com tal ignorância, alguns surdos se sintam oprimidos e incompreendidos.

A LIBRAS (Lingua Barsileira de Sinais) tem a principio um alfabeto que começa a inserir o surdo no mundo letrado.









A Comunidade Surda Brasileira comemora em 26 de setembro, o Dia Nacional do Surdo, data em que são relembradas as lutas históricas por melhores condições de vida, trabalho, educação, saúde, dignidade e cidadania.

A Federação Mundial dos Surdos já celebra o Dia do Surdo internacionalmente a cada 30 de setembro. No Brasil, o dia 26 de setembro é celebrado devido ao fato desta data lembrar a inauguração da primeira escola para Surdos no país em 1857, com o nome de Instituto Nacional de Surdos Mudos do Rio de Janeiro, atual INES‐Instituto Nacional de Educação de Surdos.

Toda esta história começou em 26 de setembro de 1857, durante o Império de D. Pedro II, quando o professor francês Hernest Huet fundou, com o apoio do imperador o Imperial Instituto de Surdos Mudos. Huet era surdo. Na época, o Instituto era um asilo, onde só eram aceitos surdos do sexo masculino. Eles vinham de todos os pontos do país e muitos eram abandonados pelas famílias.

As comunidades surdas estão espalhadas pelo país, e como o Brasil é muito grande e diversificado, as pessoas possuem diferenças regionais em relação a hábitos alimentares, vestuários e situação socioeconômica, entre outras. Estes fatores geraram também algumas variações lingüísticas regionais.

As escolas de surdos, de surdos, mesmo sem uma proposta bilíngüe (língua portuguesa e língua de sinais), propiciam o encontro do surdo com outro surdo, favorecendo que as crianças, jovens e adultos possam adquirir e usar a LIBRAS. Em muitas escolas de surdos há vários professores que já sabem ou estão aprendendo com “professores surdos” a língua de sinais, além de oferecer cursos também para os pais destas crianças.


Cultura surda é o jeito de o sujeito surdo entender o mundo e de modificá-lo a fim de se torná-lo acessível e habitável ajustando-os com as suas percepções visuais, que contribuem para a definição das identidades surdas e das “almas” das comunidades surdas. Isto significa que abrange a língua, as idéias, as crenças, os costumes e os hábitos de povo.





Nenhum comentário:

Postar um comentário